segunda-feira, novembro 28, 2005

Dias cinzentos


Os dias cinzentos. Eles vêm, eles insinuam-se com o tempo. Deixas de vislumbrar os matizes que desaparecem como ténues, cintilantes flocos na memória. Ficar sentado e pensar de repente. Que está mais cinzento, que queres libertar-te, mas continuas sentado, em completo silêncio, imaginas-te dentro do cinzento porque há nele uma leveza, porque ele é algo de fortuito que se ajusta bem aos dias, e quando queres sair dele, estás deitado indefeso no meio do caminho, como um animalzinho, destrutível, mesmo com o mais ligeiro toque.
Mas o vento traz um perfume colorido em forma de fotografia pensada, aí ganhamos asas e sorrisos, levantamos voo e vamos…
Vamos beijar as estrelas …

sexta-feira, novembro 25, 2005

Pra que...

Eu peço ao céu
Para que nasças no mês anterior
muito antes de chegares
que amanheças já aberta e recortada
No tempo anterior à tua vinda
Para que amanheças
Ó rosa anterior
Para que venhas
Mesmo antes de seres compreendida
Antes da terra te poder gerar
O rosa já florida em meus olhos!!!!!!!!

terça-feira, novembro 22, 2005

À noite


À noite o sonho estende as suas redes de evasão
e eu sou o cavaleiro da madrugada
que rasga ruas e estradas e leva o sol de novo a casa.
Acordo para a escuridão e abraço o tempo
como o velho benfeitor da ilusão - enfrento o clarão
impiedoso como se florisse um cardo à beira de um abismo.
Por isso entranço a esperança e firo a cidade
com a teimosia do meu olhar - entre gabinetes climatizados
e olhos que são punhais cravando o não - insisto
tenho esta força de pensar, estas mãos para ocupar…

quinta-feira, novembro 17, 2005

VIVER

Viver
Sempre no limite da Felicidade e da Oportunidade. Arriscar sem pensar na palavra
Perder
É uma palavra que não uso. Nunca digo " Eu não gosto de Perder!". Afirmo " Eu Adoro
Ganhar!"
O suficiente para ser feliz é a minha meta. Eu não quero dinheiro a mais. Pois sei que quem tem muito, não liga a mais nada. Quem muito tem mais
Quer
Mal ou Bem! Malmequer. Bem me quer. Uma das flores mais bonitas que existe. Uma das plantas mais admiradas por todos. Uma raridade dentro de alguns anos devido às
Inseguranças
De cada um, são como uma camisola interior "herdada" do pai. Aquela camisola que nunca mostramos em público. A camisola que só quem nos conhece bem e com quem temos uma grande confiança
Partilhamos.
Sorrisos, Lágrimas, Gritos, Abraços... infindáveis momentos de dor e prazer. Posso
Repetir?
O quê? O que já alguém Fez!? Porque não! Não será possível mesmo sem sabermos, estarmos constantemente a imitar alguém que está a milhares de quilómetros de distância ou mesmo ao nosso lado, a fazer exactamente o
mesmo que
Nós?!
Não existe! Existe apenas eu e tu!
Acredita!
As pessoas nas tabernas parecem sempre mais velhas do que realmente são. Entram tristes e saem a rir, mas a cair. Mesmo quando caem no dia a seguir voltam. Não
Compreendo
A solidão que é escrever. É um acto demasiado isolado para poder ser apenas compartilhado na leitura. As pessoas deviam ter a hipótese de ver um balãozinho a sair da cabeça de quem escreve, com as ideias que as
pessoas que estão a ter enquanto escrevem. Era mais
Justo
Ser Justo. A maior virtude que eu conheço. Adorava ter tempo para ser justo para todos aqueles que conheço e que
Merecem
Aplausos para todos aqueles que sobrevivem, neste mundo de regras, rotinas, frases feitas e
teorias.
Eu tenho duas teorias: A Coca-Cola e a Pepsi eram da mesma empresa, que as dividiu para "criar" uma forte guerra concorrencial entre elas de modo a que as Colas fossem consumidas por todas as pessoas. A outra teoria é que a pessoa a seguir vai escrever sobre
Sexo
Adoro Sexo. Não há nada melhor do que sentir dois corpos unidos num longo abraço de
Prazer...

domingo, novembro 13, 2005

É urgente uma carta de sorrir!



Este fim de semana vou ver se encontro por aí o mapa do tesouro,
a esfinge e as respostas,
a casinha de chocolate,
a maçã e o fuso atado à roca,
o gato com ou sem botas,
o polegarzinho a dançar com a branca de neve de loiras tranças,
os três leitões e o capuchinho a avisar os Quixotes pendurados em moinhos.
Ai que desejos eu tenho do rouxinol do imperador!
Cantos, hinos, canções, árias, trovas, melodias.
Carta de sorrir é urgente.

quarta-feira, novembro 09, 2005

estranha forma de liberdade


Acaricio levemente a folha com o bico da caneta, que desenha quadrados entrelaçados com círculos e outros símbolos dos quais desconheço o nome. No entanto, conheço-os bem. Sempre que espero a chegada das palavras e deixo a caneta rodopiar à sua vontade pela folha, eles surgem, prestam-me a sua visita.
A folha, antes imaculada, vai-se preenchendo com formas estranhas, abstractas. As letras tardam em chegar, perderam o hábito. Os tempos longe da caneta quebraram o ritmo. As palavras acharam graça à liberdade e agora não se deixam prender ao papel.

sexta-feira, novembro 04, 2005

O que será?



Os postigos estão fechados?
Terei eu aceite tudo?
Tudo dado?
... Não restará ainda uma palavra?

... Lábios frios. O silêncio quebrado.
Noite e dia a terra estremece.
Espera-se uma voz, uma boa palavra...
Oh! O latejar das fontes ao longo do pescoço até ao coração!

Chovem lamentos e suspiros
as luzes estão mortiças
e o fogo não tem calor

Será o fim dos tempos
ou o princípio das dificuldades?

terça-feira, novembro 01, 2005

galáxia


Nada é mais baixo.
Tudo é tão simples!!!...
Contínuo.
Elevação???

Tudo recomeça e tudo é começado!