segunda-feira, agosto 28, 2006

Nasce o poema

No aparo da caneta
escorrem lágrimas de tinta
borrões de angústia
riscos de esperança
traços de amor
e nasce o poema

sábado, agosto 19, 2006

... de Pablo Neruda

Perdemos outra vez este crepúsculo.
Ninguém nos viu esta tarde de mãos dadas
Enquanto a noite azul caí­a sobre o mundo.

Vi da minha janela
a festa do poente nos morros distantes.

Às vezes como uma moeda
se acendia um pedaço de sol entre minhas mãos.

Eu te recordava com a alma encolhida
por essa tristeza que tu me conheces.

Então onde estavas?
Entre que gente?
Dizendo que palavras?
Porque é que o amor me vem assim de golpe
quando me sinto triste, e te sinto distante?

Caiu o livro que sempre se toma no crepúsculo,
e como um cão ferido tombou a meus pés minha capa.

Sempre, sempre te afastas pelas tardes
para onde o crepúsculo corre apagando estátuas.


Viente poemas de amor y una canción desesperada


sábado, agosto 12, 2006

Devagar


(mais uma obra da herdeira :) )



No meu coração,
pouco a pouco,
o sangue volta ao ritmo.

O chão está repleto de despojos.
Não ouso ainda abandonar o abrigo.

segunda-feira, agosto 07, 2006

...e













Mais

confirmo
que só vivendo sob
a ruína
da
paliçada
a
escrita
sai
depurada


Resta dizer
que lamento
se de algum modo a importunei