segunda-feira, fevereiro 12, 2007

What Kind a World do you want? Até um dia, noutro sítio qualquer, ou ... não


ESTE BLOG ACABA AQUI.
JÁ NÃO TENHO PACHORRA PARA TENTAR SALVAR O MUNDO
.


MATAI-VOS UNS AOS OUTROS!

What Kind a World do you want?


O dia seguinte à escolha dos portugueses

12.02.2007, José Manuel Fernandes

"Os eleitores deram, desta vez, uma maioria confortável ao “sim”. O que significa que a Assembleia da República pode, como foi prometido pela maioria dos partidos, modificar o artigo do Código Penal que criminalizava a interrupção da gravidez a não ser em circunstâncias excepcionais. Por isso, o dia seguinte à escolha dos portugueses é também o dia em que os eleitores devolvem aos seus representantes o direito e o dever de legislar olhando para o futuro e tendo em conta os sinais saídos da campanha. Na verdade é bom estar consciente que os problemas não acabam no momento em que for revisto o famoso artigo do Código Penal. Podem acabar as investigações e os julgamentos, mas não desaparece o país e o povo que, tendo até agora uma lei idêntica à espanhola, aplicavam-na de forma bem distinta. A primeira questão de que se deveriam ocupar os legisladores é, depois de alterado o artigo do Código Penal, de tirar partido da nova realidade para que o número de abortos, agora legais, não aumente, antes diminua. A experiência de outros países mostra que se pode evoluir em direcções diferentes e isso tem muito a ver, por exemplo, com a prevalência de problemas como a gravidez adolescente ou o défice de informação sobre planeamento familiar tanto nos serviços de saúde ou entre as comunidades pior integradas. A experiência de países que têm lidado com situações mais complexas indica que estes problemas não se resolvem apenas nas escolas ou no consultório médico, antes promovendo uma cultura de responsabilidade nas relações de onde possa resultar uma gravidez. Estude-se, neste domínio, o exemplo inglês. A segunda questão que a lei ou a sua regulamentação deveriam prever é a conveniência da interrupção voluntária da gravidez poder ser antecedida por uma consulta de aconselhamento. Por incrível que pareça, há parteiras clandestinas que já o faziam, mesmo podendo perder nessa conversa uma cliente. Práticas deste tipo são regra em muitos países europeus. A terceira questão que não deixará de se colocar é a da objecção de consciência dos médicos. Em França, quando a lei foi introduzida, o tema gerou uma crise e quase levou à dissolução da respectiva Ordem. Ora num país onde os médicos têm de seguir um Código Deontológico que nem contempla as situações despenalizadas desde 1984, são de prever problemas na aplicação em concreto da nova legislação, sobretudo nos serviços públicos. Aqui aconselha-se prudência e persuasão, assim como a utilização do sector privado. A quarta questão remete para as sempre adiadas promessas de ter políticas que contrariem a tendência dos portugueses para terem cada vez menos filhos. Não há qualquer relação directa entre a liberdade dada à mulher para interromper uma gravidez e a necessidade que o país tem de que nasçam mais crianças, pois ninguém é responsável por carregar sozinho um peso que cabe a todos. Há, contudo, necessidade de, agora que desapareceu da agenda um tema que impedia a discussão de outros, tratar de melhorar as condições para uma maternidade e uma paternidade responsáveis e adaptadas às exigências da vida neste início do século XXI. Aí convinha olhar para, por exemplo, os países nórdicos"

(negrito meu)

Ponto de ordem

Caríssimos:
Acabámos de nos revelar uma merda!
Sem capacidade de decisão nem auto-determinação, muito menos responsabilidade.
Estamos falidos sim.
Não há bom-senso, nem autocrítica.
Num país onde mais de 50% da população se demite de ir votar; num país que é uma merda de uma república e onde explicitamente se considera que a CRP é soberana, desrespeitá-la a este ponto é simplesmente ignóbil.
Faço parte de um país nauseabundo.
Morreremos todos sem saber porquê.

domingo, fevereiro 11, 2007

Referendo - AR

FORAM 9 MILHÕES DE EUROS DESPERDIÇADOS PARA AGORA, NUMA LEITURA POLÍTICA DUVIDOSA, SE FAZER O QUE A A.R, DESDE SEMPRE PÔDE FAZER E NÃO TEVE TOMATES!

PAÍS DE M....

Referendo - PR

ESPEREMOS AGORA QUE O PRESIDENTE DA REPÚBLICA DA MENTIRA SE ASSUMA E EXERÇA O SEU DIREITO DE VETO!

Resultado do Referendo - Hoje tenho vergonha de ser Portuguesa.

Resulta do art. 115º, nº 11 da C.R.P que, o referendo só tem efeito vinculativo quando o número de votantes for superior a metade dos eleitores inscritos no recenseamento, o mesmo que dizer que a resposta que obtivesse vencimento (o “sim” ou o “não”), só seria susceptível de permitir aos órgãos legislativos que alterassem o actual regime jurídico se votassem mais de cinquenta por cento dos eleitores.

Ora a abstenção neste referendo, foi superior a 50%. Dos que exerceram o seu direito de voto, ganhou o "sim".

Mas quem ganhou foi a abstenção!

Contudo nosso PM prepara-se para afirmar (de novo) que mesmo assim será vinculativo.


Isto é contornar descaradamente o imperativo constitucional. Isto é simplesmente INCONSTITUCIONAL.

Numa época em que por tudo e por nada se invoca a CRP, e entretanto é o próprio governo que institui o seu desrespeito;
Resta dizer:
Estamos num Estado de não-direito.
Impera a mentira, a desonestidade, a hipocrisia.

Viva a inconstitucionalidade.
Que se feche rapidamente o TConstitucional; que se despreze qualquer jurisprudência e doutrina a propósito!
Viva a República da Mentira.
Viva o crime!
A partir de hoje, estejam à vontade. Pilhem, furtem, roubem, matem. As leis estavam subordinadas à CRP. Mas agora, ela NÃO EXISTE!!!!

Hoje tenho uma imensa e profunda vergonha de ser portuguesa!


PS1: um agradecimento especial ao contributo "desinteressado" da CNE nas últimas 2/3 horas antes do fecho das urnas!!! (seria por acaso que adoptou um símbolo em tudo idêntico ao do Bloco de Esquerda?)

PS2: E um agradecimento ainda maior a esse ser frio, calculista, hipócrita e manipulador, que se apresentou na qualidade de Secretário-Geral do PS, mas só por acaso é primeiro Ministro desta República a que chamam de Portugal!

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

O resumo da campanha para o referendo de dia 11

A (des)(cons)(tru)(ção) do SIM (IV)

Sou Jurista, sou liberal, alegadamente de direita e.... já agora, monárquica.

E não, não vou votar.


Sobre esta palhaçada de referendo, apraz-me, ainda assim, deixar aqui um excerto do artigo de João Gonçalves (de hoje - ou a estas horas será de ontem?) publicado no DN:

"Este é o derradeiro artigo que escrevo para o Diário de Notícias sobre o referendo deste domingo. Devo esta colaboração casuística a um amável convite da Ana Sá Lopes a quem agradeço com muita amizade. Como “espectador comprometido”, considero que a campanha que termina amanhã não ajudou praticamente nenhum indeciso a decidir-se. Digo-o com pena já que, em 1979, juntamente com António Barreto e José Medeiros Ferreira, fui dos primeiros a defender o referendo como um instrumento de manifestação democrática da cidadania. Os poucos momentos de propaganda a que assisti na televisão não passaram disso mesmo. De propaganda e da pior. Os cartazes que andam para aí espalhados em outdoors para todos os gostos são, na generalidade, de um imenso mau gosto. Nem sequer faltou ao “debate” o “debate”, agora despropositado, sobre a pergunta que estará colocada nos boletins de voto de domingo e que, por igual, deputados adeptos do “sim” e do “não” aprovaram. É manhosa, é ambígua e, para muitas pessoas, seguramente incompreensível. Porém, é a que vai aparecer. Por isso, só uma de duas respostas é possível. Nestes pequenos textos procurei explicar tranquilamente por que se deve votar “não”. A vitória do “não” viabiliza as dúvidas e as incertezas de muitos “sim’s”. Pelo contrário, o sucesso do “sim” - não constituindo uma tragédia como referiu Mário Soares acerca da eventualidade contrária - abre definitivamente as portas a um vaguísssimo “logo se vê” que, num país de “faz de conta”, é, no mínimo, perigoso. E ao “logo se vê”, numa matéria desta natureza, eu digo, sem hesitações, não."

(negrito meu)

Domingo é, para a maioria dos Portugueses que não trabalham aos fins de semana, um dia de merecido descanso.

Descansem, é o meu conselho.


quarta-feira, fevereiro 07, 2007


Imagina que crueldade!
... As árvores abatidas. ...
Na imprudência,

... Na inocência.

Um nunca mais que vicia.

Aprende-se muito sobre os princípios e os fins.


O tempo?!


... Um filho que não nasce.



É tão curto o olhar que outro dia, pensei devolvê-lo aos lírios do remetente.

.... As dúvidas do sim

O PS, o Estado, não sabe, hoje, a 5 dias do referendo, se este, a ser efectuado em serviços de saúde legalmente autorizados (SNS ou privados), será, ou não, pago.

A grande maioria das mulheres ditas desfavorecidas invoca critérios económicos......

domingo, fevereiro 04, 2007

A esmagadora maioria das pessoas foge de si própria!
Meu amor que não tenho
Deixa-me adormecer no fundo dos teus olhos!
Nessa imensa floresta
Onde cantam rouxinóis
A brisa é mansa
E fala de pinheirais e mar
Que atravesso
Nas asas das aves migratórias...
E os rios
Vales de lágrimas de todos os passados
Onde se quedaram sulcos meus
Podem ser fontes
Onde o amor
Venha beber...
Meu amor que não tenho
Nascente de amanhãs
No ocaso dos dias
Nos outonos da vida
Nos recomeços que não espero
Deixa-me descansar
Fronte pousada no teu peito
Onde tudo palpita e acontece;
É imenso o cansaço do tempo
Nos futuros de onde venho...
Meu amor de sempre
Tu, que nunca tive
Deixa-me adormecer no fundo dos teus olhos!...


De, melhor, enviado por, um ilustre desconhecido amigo: Manuel Tomás Gonçalves

A (des)(cons)(tru)(ção) do SIM (III)



"Acabar com o aborto clandestino" dizem eles.

A experiência comparada diz-nos que o problema persiste.
Quer porque a maioria das vezes às 10 semanas muitas vezes nem se sabe ainda que se está grávida, quer porque a maioria dos abortos é feita a partir da 14.ª semana, logo convidando como hoje ao "turismo abortivo" (para paragens onde é possível abortar mais tarde, mesmo que à custa da falsificação intelectual de atestados psiquiátricos, como em Espanha), quer porque não se sabendo o n.º de abortos clandestinos (por definição - sendo clandestino - é impossível saber-se), sabendo-se no entanto, que a manutenção de taxas elevadas de aborto se regista em sociedades ditas avançadas, o que é potenciado pela permissividade da lei.
Quer porque...
Quer porque...
Quer porque...

sábado, fevereiro 03, 2007

A (des)(cons)(tru)(ção) do SIM (II)


"sim, porque sou a favor da vida" dizem eles.

Ontológica, axiológica e biologicamente, não há nenhuma diferenciação que possa estabelecer-se entre o marco das 10 semanas, o restante tempo de gestação até ao nascimento e o resto da vida.
O nascimento, não é mais que uma passagem. Como Loureiro dos Santos lhe chamou, só se quisermos ver a questão sob a óptica de uma "gravidez sob reserva", o que com o estado da arte conhecido, ainda não é possível.

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

A (des)(cons)(tru)(ção) do SIM (I)


A vertente económica.
Para acabar de vez com a caricatura e o apelo à Misericórdia:

- Para tanto bastam números. Objectivos.

Estudo-base sobre as práticas de aborto (voluntário) em Portugal, da responsabilidade da Associação para o Planeamento da Família:


14,1% das mulheres apontaram falta de condições económicas para a realização do aborto; as restantes referem motivos como pressões familiares (8,0%) e/ou do marido/companheiro (9,4%), instabilidade conjugal (9,1%), problemas de saúde não enquadráveis na lei (4,2%), idade considerada inadequada (demasiado nova, 17,8%, ou demasiado velha, 2,6%)... ou por não desejar de todo ter filhos (13,2%).

quarta-feira, janeiro 31, 2007

VM e os "filhos do Código Penal"


Conheço bem a retórica, a doutrina, a escola, de Vital Moreira.
Aprendi-a, absorvia-a, verti-a nos exames.
Somos da mesma escola, mas como eu sou mais nova e não vivi as vicissitudes de Abril, não apregoei as doutrinas da liberdade que ufanamente então VM se prontificou defender.
Tanto as defendeu, que hoje, com muitas das suas novas posições decorrentes do novo posicionamento político, ficamos com a sensação de que de VM só se mantém o narcisismo, na quase inveja de si próprio.

Mantém contudo os tiques do discurso.

E faz passar aos mais distraídos uma imagem de segurança.

A referência aos filhos do Código Penal, não podia ser mais ofensiva, destituída de qualquer senso, irreflectida e que, só se virará contra si.

Isto porque, quer VM, que, as nossas crianças só nasçam se forem muito desejadas e amadas.

Ao cronómetro e ao milímetro, devem assim planear-se os filhos.

À semelhança das carreiras, dos amores, da vida.

Sim, porque desta forma, passaremos então, a viver num idílio, seremos todos muito felizes!

Ou VM já não vive cá, ou simplesmente não vive, ou, pelo menos, não sei do que será filho, porque, na altura do seu nascimento não havia este Código Penal, (tão-pouco os métodos contraceptivos e o acesso à informação que existe nos dias de hoje) mas, permito-me razoavelmente afirmar que terá nascido quando "aconteceu" e não por por puro planeamento. Se estiver enganada, e sob reserva, então posso ao menos afirmá-lo, em relação à grande maioria de nós.


Uma coisa é uma gravidez inicialmente indesejada, porque não se estava à espera, porque as condições não são as melhores, porque toda a vida mudará com o surgimento de um novo ser.

Outra coisa é prosseguir a gravidez e não amar o filho.
Isto não aceito.

A grande maioria das gravidezes aconteceu e ainda acontece nestas circunstâncias.
Mas o amor que se vai apoderando da gestante pelo filho que transporta em si e o amor que lhe vai dispensar após o nascimento, de todo, jamais estará condicionado pelo efeito-surpresa (negativo) da gravidez!


Sabemos que há filhos mal amados, sim.

Quantos deles não nasceram de gravidezes planeadas e desejadas????

terça-feira, janeiro 30, 2007

A "coisa" de Lídia Jorge


Lídia Jorge, a escritora, no Programa Pr'os e Contras de ontem, na RTP1, perdeu o norte, entrou em histeria, e revelou uma parafernália de argumentação redutora, que se reconduz ao voto no sim porque sim, não se coibindo de afirmar que o embrião é uma coisa humana e, assumindo que, simplesmente, a mulher, às vezes engravida e não quer. Ponto. Não quer nem quer ser ajudada a prosseguir com a gravidez, ainda que tenha as melhores condições do mundo. Não quer! Ponto final. Sente que tem uma coisa dentro dela que lhe é estranha, rematou.

É assim senhores, que a (in)tolerância e o profundo desprezo pela vida humana, ficam demonstrados à saciedade.
Para Lídia Jorge, não são necessárias quaisquer causas justificativas para a prática do acto de abortar.
Simplesmente porque se trata de uma "coisa", e a mulher não quer a "coisa"!

São coisas, senhores, são coisas!

Este NÃO, do meu post, não é um não no boletim, é um não na rematada falta de consciência crítica.

Esclarecimento aos mais incautos


Muito se tem falado na despenalização do aborto.

Pretende-se, ao abrigo desta figura (despenalização), com o referendo que aí vem, torná-lo livre até às 10 semanas de gestação.

Ninguém ainda adiantou uma solução mínima que fosse, para tornar esta efectivação viável, tudo indicando que o caos se instalará no SNS.


Mas não é disto que quero falar.
Quero, antes, esclarecer os mais incautos, que, embora despenalizado
(como de resto acontece com a lei em vigor para as situações que lá se encontram bem definidas), o aborto continuará a ser criminalizado.
Pelo simples motivo de que continua a ser crime.
E será tanto assim para as primeiras dez semanas, como para as demais semanas, até ao termo da gestação.

E, pasme-se, trata-se de um crime público, ou seja, não necessita de queixa. Pelo que, o argumento de que a espada de Damocles está sempre presente, no actual quadro legislativo, impendendo sobre as mulheres, pelo facto de, poderem vir a ser presas por terem praticado o aborto (sendo que, em simultâneo, se afirma à boca cheia, dando como assente que a Lei existente não tem vindo a ser cumprida e, por isso há que mudá-la, porque sim), é um argumento absolutamente falacioso, já que tal possibilidade não irá desaparecer!!! Como disse o crime de aborto é de natureza pública.

E isto, ninguém se atreverá a mudar, por mais liberal que se mostre.


E, por ser publico, não necessitando de qualquer queixa, sendo de conhecimento oficioso do MP, este, agora ou depois, tem o poder-dever de investigar e até de constituir qualquer mulher arguida, mesmo num quadro da almejada despenalização
(leia-se liberalização), pois que, só após a necessária investigação, se poderá concluir, ou não, que o aborto foi praticado dentro do prazo legal estipulado para o efeito.


Conclusão: A retórica da prisão é um embuste!

segunda-feira, janeiro 29, 2007




Se a vida não tem preço, nós comportamo-nos sempre como se alguma coisa ultrapassasse, em valor, a vida humana... Mas o quê?

Saint-Exupéry , Antoine de


A aplicabilidade de uma sanção penal pressupõe uma actuação punível, ilícita, culposa e típica.
Isto é apreciado com as leis actuais e à sombra do Direito, de acordo com o enunciado, já que, o pressuposto e limite de qualquer crime, é a CULPA.

Isto aplica-se ao aborto. É crime. Á luz do art.º 140.ºn.º 3 do C.P.
E continuará a sê-lo, pois às 10 semanas e 1 dia, continuará a ser crime, mesmo que o sim vença.
Somos pobres de tudo, inclusivé de espírito, mas teimamos em ser inovadores. :))))))))))))))
Em Espanha, não houve liberalização. Detiveram-se na questão, PENSARAM, e não entenderam que o aborto poderia ocorrer por única e exclusiva vontade da mulher. Porque esta (chamada de mulher, entre nós) acordou com uma simples dor dor de cabeça ainda por cima passageira!!!!!!!!!!!!

As causas políticas são abomináveis!


Onde queremos chegar em termos de humanidade?


O que queremos provar com tal modernismo anacrónico? ... Sim... Vejam-se os movimentos actuais dos países que têm há muito as leis que agora queremos adoptar!!! ... São exactamente em sentido contrário!!

Está mais que provado que os excessos são burlescos, entediantes, mentirosos, falsos, desprezíveis!

Na nossa fetichista maneira de viver, até acharemos que o que foi em tempos, longos, adoptados por países que agora querem abandonar tais políticas, podem ser, agora, a nossa bandeira!

Definitivamente: SOMOS ATRASADOS! ( e mais não qualifico).

Repito:
A aplicabilidade de uma sanção penal pressupõe uma actuação punível, ilícita, culposa e típica.
Isto é apreciado com a lei actual, já que o pressuposto e limite é a CULPA:
E continuará a sê-lo, pois às 10 semanas e 1 dia, continua a ser crime.
O aborto foi, é, e continuará a ser um CRIME!

Quem o praticar, se o sim vencer, no refúgio de que a culpa deixará de ser apreciada, estará a declarar a sua culpa, que então deixará de ser apreciada e, levar-me-à a concluir que, o ABORTO passará a ser um método anti-concepcional!

Tão pobres somos.....................
Tão pobres somos.....................
Tão pobres somos.....................

sábado, janeiro 27, 2007

OU....


A PERGUNTA QUE VAI AGORA A REFERENDO, JÁ FOI REFERENDADA, OS PORTUGUESES DISSERAM NÃO E, DESDE ENTÃO NENHUMA CONDIÇÃO ESSENCIAL EM TERMOS DE MÉTODOS REPRODUTIVOS E DE CONCEPÇÃO, SE ALTEROU POR FORMA A JUSTIFICAR MAIS ESTE DESPERDÍCIO DE DINHEIROS PÚBLICOS.
ESTE REFERENDO NÃO PASSA DE UM INSTRUMENTO POLÍTICO, SOB A CAPA DO DEVER DE CONSCIÊNCIA EM CONSONÂNCIA COM A PRÁTICA QUOTIDIANA, (DIZ-SE), PARA FAZER DESVIAR A ATENÇÃO DOS PORTUGUESES DE QUESTÕES VERDADEIRAMENTE PREMENTES, QUERENDO ILUDIR-NOS QUE ESTÁ A CUMPRIR PROMESSAS ELEITORAIS.
QUERENDO, A A.R. TERIA LEGISLADO, SEM ESTE CIRCO, EM QUE CHAMAM DE CONSCIÊNCIA A................................................ POLÍTICA!

ADITAMENTO:
E POR FAVOR, NÃO NOS COMPAREM COM ESPANHA.
ESTUDOS DEMONSTRAM QUE OS ABORTOS FEITOS EM ESPANHA NÃO O SÃO, NA ESMAGADORA MAIORIA REALIZADOS PELAS MULHERES ESPANHOLAS, QUE CADA VEZ FAZEM MELHOR CONTRACEPÇÃO, MAS POR POR OUTRAS.
E, SOBERBAMENTE IMPORTANTE: EM ESPANHA O ABORTO NÃO É LIVRE, NÃO FOI LIBERALIZADO, COMO AQUI SE PRETENDE QUE ACONTEÇA, NÃO SE REALIZA POR ÚNICA OPÇÃO DA MULHER!

ou como afinal ...


a mulher
pode engravidar sozinha
e,
sozinha
decidir do destino
da criança!


(não, maluca, não é criança, nem, feto, nem embrião, é abeto!)
(Abeto?! Não!!! Abjecto.)

sexta-feira, janeiro 26, 2007

Os homens e o referendo


Só uma perguntinha:

O que move as pessoas do sexo masculino P'ro Sim, no referendo à liberalização (despenalização é uma maneira agradável de dizer uma mentira) a ir votar no próximo dia 11?


Expliquem-me!


Se, estão de acordo que, a IGV ( aborto) até às 10 semanas, ocorra por exclusiva decisão da mulher?


A sério, expliquem-me.

Os P'ro Não, sempre poderão dizer, quando confrontados com uma situação real, de que, pelos vistos, por acaso, mesmo que sejam casados, que, se tratou de um referendo político, travestido de questão de consciência em que não alinharam, e, por isso reivindicar os ditames da sua consciência.

Agora os do Sim?

Que raio???
Se não serão tidos nem achados... é isso que querem transmitir à priori? Que se desresponsabilizam por qualquer "queca" bem (mal) dada, porque a decisão é toda da mulher????
Ou.... porque, sendo a decisão TODA da mulher e apenas da mulher, se sentem mais "confortáveis" para, na penumbra, as pressionar à tal coisa que só elas podem decidir?

terça-feira, janeiro 23, 2007

segunda-feira, janeiro 22, 2007

T/T (Teresa/ Terra) - BIPOLAR


:))

ai, ai, ai... as susceptibilidades!
Não vou aqui transcrever o dito cujo compêndio e para mim são todos muito bem-vindos, por isso, não se desentendam, não?


Transtorno Bipolar, notas breves, do(s) autor(es) identificado(s) no post anterior:

" há muito os médicos relatam que, em alguns pacientes, o sintoma primário parece ser de episódios depressivos, mas o curso do transtorno mescla-se a episódios de leves sintomas maníacos (i.é. episódios episódios hipomanáicos): Esses transtornos têm sido chamados de transtorno bipolar II (por aqueles pesquisadores que julgam que o transtorno pertence ao espectro de transtornos bipolares) e transtorno depressivo maior com episódios hipomaníacos (pelos pesquisadores que consideram o transtorno como pertencente ao espectro dos transtornos depressivos). A terceira edição revisada do DSM (DSM-III-R) usou o diagnóstico de transtorno bipolar sem outra especificação, mas, no DSM IV, o diagnóstico é de transtorno bipolar II. (...) O transtorno bipolar II, alternativamente chamado de episódios depressivos maiores com hipomania, é uma categoria diagnóstica nova no DSM-IV. (...)
Epidemiologia: (...) não é conhecida com exactidão (...)
Etiologia: (...) alguns investigadores especulam que o transtorno bipolar II, estaria relacionado ao transtorno da personalidade borderline. Entretanto alguns dados indicam que o transtorno bipolar II tende a ser herdado, desta forma, sugerindo, que possui a sua própria predisposição genética única.
Diagnóstico: (...) grau específico de severidade, frequência e duração dos sintomas hipomaníacos (...) pode ser difícil distinguir a eutimia da hipomania (...) "


"Se os pacientes exibem sintomas depressivos ou maníacos como características principais, porém não satisfazem os critérios diagnósticos para qualquer outro transtorno do humor ou outro transtorno mental do DSM-IV, o diagnóstico mais correcto é o de transtorno bipolar sem outra especificação (SOE) "
____________

Posto isto um pouco de Humor (negro:) )

Como????

- Como se faz para chamar um cachorro que não tem as 4 pernas?

- ?!

- Você não chama um cachorro sem pernas. Você tem de ir lá buscá-lo.




Insónia - Resposta à Teresa, ao Francis e a moi-même

Lê-se no Compêndio de Psiquiatria, Ciências do Comportamento e Psiquiatria Clínica, de Harold I. Kaplan, Benjamin J. Sadock e Jack A. Greeb, 7.ª Edição, Artes Médicas, pag.661, Tradução em Português do Brasil (Dayse Batista)

(não reproduzindo as tabelas)

"A insónia é a dificuldade para iniciar ou manter o sono. É a queixa mais comum, relativa ao sono. A insónia pode ser temporária ou persistente (...). Um breve período de insónia, está associado, na maioria das vezes, à ansiedade, seja como sequela de uma experiência de ansiedade ou em antecipação de uma experiência provocadora de ansiedade (por ex. um exame ou uma entrevista para obter emprego). Em algumas pessoas, a insónia transitória desta espécie, pode estar relacionada à reacção de tristeza, de perda, ou praticamente a qualquer mudança de vida. Esta condição tende a não ser séria, embora não se deva esquecer que um episódio psicótico ou uma depressão grave, podem, às vezes, começar com uma insónia aguda. O tratamento específico para esta condição geralmente é desnecessário. Quando o tratamento com hipnóticos é indicado, o médico e o paciente devem ter clara noção de que o tratamento é de curta duração e que alguns sintomas, incluindo uma breve recorrência da insónia, podem ser esperados ao interromper-se a medicação.
A insónia persistente representa um tipo bastante comum, sendo uma categoria não muito bem compreendida. O termo refere-se a um grupo de condições nas quais o problema é, mais frequentemente, uma dificuldade para adormecer e não tanto de permanecer dormindo, envolvendo dois problemas distintos, mas muitas vezes interligados: (1) tensão e ansiedade somatizadas e (2) uma resposta condicionada associada. Os pacientes frequentemente não têm outra queixa definida além da insónia. Eles podem não experimentar ansiedade per, se mas descarregam-na através de canais fisiológicos; podem queixar-se principalmente de sentimentos apreensivos ou pensamentos ruminativos que parecem impedi-los de adormecerem. Comumente, estes pacientes não experimentam medos ou receios específicos ao adormecerem. às vezes, mas nem sempre, o paciente descreve a condição como sendo exacerbada em períodos de estresse no trabalho ou em casa, aliviando durante as férias."

_________________

Gostei particularmente da afirmação: A insónia persistente representa um tipo bastante comum, sendo uma categoria não muito bem compreendida. :) Sobretudo se a seguir, considerarmos que a privação do sono leva a uma desorganização do ego, a delírios, a alucinação.
Estudos com ratos mostraram que a privação do sono levam a perda de peso, lesões cutâneas, gasto de energia aumentado, temperatura corporal diminuída e morte.

Mas calma, nós não somos ratos!
(Só se fôr de biblioteca:) )

E é preferível a insónia à parassonia.
________________

Nota final para a Teresa:
Um fumador dorme menos que um não fumador.
A abstinência de nicotina pode causar sonolência ou excitação.

No pressuposto de que causará sonolência (esquecendo a excitação):
VAMOS DEIXAR DE FUMAR?

domingo, janeiro 21, 2007

genuíno


Desvio dos teus ombros o lençol,
que é feito de ternura amarrotada,

da frescura que vem depois do sol,

quando depois do sol não vem mais nada...


Olho a roupa no chão: que tempestade!

Há restos de ternura pelo meio,
como vultos perdidos na cidade
onde uma tempestade sobreveio...

Começas a vestir-te, lentamente,

e é ternura também que vou vestindo,
para enfrentar lá fora aquela gente
que da nossa ternura anda sorrindo...


Mas ninguém sonha a pressa com que nós
a despimos assim que estamos sós!


Ternura - David Mourão Ferreira - A arte de amar

______________________


A única noite, disse alguém, é a da insónia, a noite passada em branco. Não se guarda memória das noites dormidas. Assim é o amor: o mais inolvidável é o que nunca foi. Como para a insónia, também para o esquecimento existem xaropes e mezinhas. Mas são ambos remédios sem discernimento. Uns far-te-ão dormir tanto (sem sonhos e sem sono), que será como morrer. Com os outros não esquecerás, se os tomares, aquilo que queres esquecer: esquecerás tudo, quer tenha sido excelente ou desagradável. Não te revelo, pois, as minhas beberagens para o sono e para o esquecimento. Possuem o mesmo efeito que a cicuta.


Hector Abad Faciolince - Receitas de amor para mulheres tristes - Editorial Presença, 1.ª edição, 1999, pag. 19

_______________________


Dizeres de sentires genuínos de gente genuína.
Como esta minha preguiça em escrever. Em criar. Momentânea, espero.
Arquétipo de linguagem que dispensa mais semântica.

quinta-feira, janeiro 18, 2007

e...


(...)
e se a pena vale,
não desesperes do cerco largo,
longo,
minucioso (...)

O Embrião. Factualidade. Notas outras















1) O embrião
Biológicamente: o embrião é um organismo vivo, que pertence à espécie humana, possuindo nas suas células DNA humano, desde a constituição do zigoto.

2) O embrião - factualidade
A totipotência (um óvulo transformado em ovo por um espermatozóide pode originar, em média e em cada mulher cerca de 444 potenciais vidas, já foi afirmado) desaparece 3 ou 4 dias após a fertilização e antes de alcançar a cavidade uterina.

3) O embrião - Notas outras i)
As células do embrioblasto, já não têm capacidade de, sózinhas, originar um indivíduo;
3.1) Por volta do 10.º dia, o embrião está completamente implantado;
3.2) No final da 3.ª semana surgem os batimentos cardíacos;
3.3) No final da 8.ª semana o embrião já tem dedos, ouvidos e olhos parcialmente formados, e o coração já tem as 4 divisões;
3.4) A partir da 8.ª semana e até ao nascimento, o que ocorre é a maturação das estruturas já formadas.

4) A dignidade da pessoa humana e a individuação neste campo é um princípio discutido desde Hipócrates, a Aristóteles, a S. Tomás de aquino, a Niels Stensu, a Leewenhoek, a Lang, a Bourget.
4.1) Bourget remete-nos para a organização autopoiética (do indivíduo)

5) Notas outras ii)
Como se brinca um pouco (!) com a protecção do embrião humano, ficam para reflexão os tópicos:
- A manipulação de embriões e a selecção de características desejáveis - conceito de produto defeituoso - instrumentalização do ser humano - eugenia.

segunda-feira, janeiro 15, 2007

zero




Era uma casa muito feliz,
não tinha tecto, não tinha nada,
ninguém podia entrar nela não,
porque a casa não tinha chão
ninguém podia dormir na rede
porque a casa não tinha parede.
Mas era uma casa muito feliz!

Rua dos Tolos, n.º 0.

Esta é uma música que a herdeira me ensinou e retrata dias como os de hoje, em termos do meu estado de espírito. Fica também ilustrada por ela.

Não sei se este nada =0 é o je repair a zero de Edit Piaf, ou se é o símbolo do mais filosófico, mais real e abstracto simultaneamente, com o que com ele se diz de tanto ou de nada...

domingo, janeiro 14, 2007

Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui... Além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente...
Amar! Amar! E não amar ninguém!
Recordar? Esquecer? Indiferente?...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!

É assim que Florbela Espanca passa para o radicalismo do amor, do acto de amar, pouco importando o objecto do amor.


Em nome do Amor pratica-se toda a espécie de coisas.
Fica-se na família constituída em nome do Amor,
sai-se da família constituída em nome do Amor,
justifica-se o ficar ou partir em nome do Amor aos filhos.
Cometem-se crimes em nome do Amor à Pátria.
Cometem-se barbaridades em nome do Amor a Deus.
Desgraças humanas e materiais exibidas na Televisão justificam-se em nome do tal do Amor. Porque nós precisamos de um justo quinhão de diversão lobotomizante, coroada invariavelmente, com a cereja de um beijo enamorado no final.

Em suma: vigora a Anarquia do Amor!

Pois o AMOR é algo tanto de improvável como de inexorável!

sexta-feira, janeiro 12, 2007

O estado em que estamos


É assim que anda o nosso País.
Fundido.
Na saúde, na educação, na justiça, na administração interna, seja lá onde fôr, todos reclamam do Estado uma postura paternalista.
O estado-providência já foi.
Felizmente não estamos em Cuba, nem na ex-URSSS.
O problema é que os actores, os indivíduos, deste nosso país ledo e cedo, fogem como o diabo da cruz das suas próprias responsabilidades.
Queixamo-nos.
Por tudo e por nada, com os direitos que nos assistem, reclamamos. No sítio certo, nos jornais, em blogs...
E defendemos os nossos interesses. O nosso umbigo...
E não vemos para além disso.
Na vida pública, profissional ou privada.
Em termos de vida privada ainda pululam os amantes produzidos por amores proibidos, quial Rainha Santa, porque ninguém quer abandonar o seu status e espera-se sempre que seja o outro ou um terceiro a definir a vida de cada um;
Em termos profissionais, temem-se as mudanças. Os súbditos têm medo de propôr alterações, já que as represálias dos Chefes podem fazer-se sentir.
Os Chefes têm medo de introduzir mudanças, já que podem contar com a resistência dos colaboradores;
O nosso Estado no meio de tudo isto faz de conta que faz.

Mas será que ainda ninguém percebeu que esta malfadada postura nos arrasa a todos?

Estamos num estado de metaforização da cidadania.

Todos os processos de aprendizagem passam necessariamente por uma interacção muito forte entre o sujeito da aprendizagem e o objecto, simbolizando-se como objecto o todo envolvido no processo, seja o médico, o polícia, o professor, o computador, os colegas, o assunto, o indivíduo! Só a partir desta interacção completa é que poderemos dizer que estamos "construindo" novos estágios de conhecimento, tanto no aprendiz como no feiticeiro.

Está tudo fundido.
Ou, ironicamente, "mal fundido"

quinta-feira, janeiro 11, 2007


Procurava desesperadamente o princípio da sabedoria.
A essência pura.
Abandonar-me aos movimentos da lua e do mar.

Contemplei com angústia o cansaço.
(subir para descer, entrar para sair).

Cansada de cansaço descobri-me humana.
Triste.
Triste.
Sem poder inventar o meu Deus.

... Abandonada no precipício do conhecimento...

quarta-feira, janeiro 10, 2007

...



Ver também o Purgatório
burlar o diabo
puxar a sua cauda,
rir de Satanás.

domingo, janeiro 07, 2007

A minha coerência. A vida não é referendável!

(corrigido na pontuação e em num ou outro lapso de escrita detectado)

O código Deontológico dos médicos, a LEI, a IVG:
- Vamos por partes:
O direito não reflecte apenas a ordem social, ele modifica-a.
Por isso, a discussão que pode existir não é a reflectida no post, mas em relação aqueles médicos que, sabendo que o direito deixou de considerar o aborto um acto ilícito (agora até às 10 semanas, livremente e por exclusiva opção da mulher...), em consciência, decidem não o praticar.
Porque, quem o praticar, estará a coberto da lei e nenhum Tribunal os poderá condenar.
E estas condenações públicas, não passam de ridicularias de quem não tem mais nada de útil para oferecer à sociedade, o que parece ser o caso dos Srs. Drs. Miguel Leão e Pedro Nunes, nesta e noutras, demasiadas, discussões.

Questão mais delicada é a que assenta no facto de o aborto em si, agora a partir das 10 semanas, continuar a ser considerado um acto ilícito e portanto desconforme ao direito. Pelo que, insisto, esta despenalização até às 10 semanas, assente em critérios mais que duvidosos, é uma liberalização, pressupondo o desvalor da vida até esta altura (paradoxalmente continuando a atribuir-lho a partir daí).
Ou seja: até às 10 semanas, um comportamento que era contrário à ordem jurídica, passará a ser conforme com a ordem jurídica.
E hoje são as 10 semanas, amanhã serão 16 ou 20, tudo dependente de critérios mais ou menos artificiais e de conveniência e não em aspectos profundos da natureza da vida do embrião.

Quanto à sua realização em estabelecimentos legalmente autorizados... bem... mais uma falsa questão. Imagine-se uma adolescente a dirigir-se a um desses estabelecimentos... precisará de autorização dos pais... pois. É isso mesmo. O aborto clandestino não diminuirá.
De resto, pela urgência da intervenção, o SNS não poderá garantir resposta e quem ganhará e muito serão as clínicas privadas para o efeito concessionadas.
Quanto ao direito de opção da mulher: ... e o pai? e... o embrião?... E, quem terá o direito de falar na infelicidade de uma criança que nasce "sem condições" se nem sequer lhe é dado o direito de nascer?


... Futurismo conveniente, aceite socialmente, ou "legislação no seu tempo".

E/ou:

porque tudo isto, é artificial e socialmente conveniente,
este referendo é uma FARSA!
Que fará com que o erário público gaste mais uns milhares de euros, até que seja aprovado. Agora, ou noutro, caso o não vença ainda desta vez.
Isto é uma questão legislativa. Não de mobilização de consciências, porque não se mobilizam legislativamente consciências.
Bastaria ao parlamento, 2 ou 3 sessões com honestidade, poupando-nos a estes gastos todos e a discussões estéreis.
Em suma: DESRESPONSABILIZAÇÃO.


Bem...
o meu discurso vai longo, provavelmente pouco apelativo à leitura.
Em relação ao Código Deontológico dos Médicos, há que dizer, que este não é fonte de direito e portanto, a actuação dos profissionais em "desconformidade" não levará nunca a sanções. Pelo que, é ridículo, no mínimo, falar em condenações públicas.
E isto, em nada contraria o que disse antes,
Até porque, e de acordo com o que já antes escrevi num post dedicado ao assunto, lá no meu sítio, esta será sempre a minha posição:
" Chegados a este ponto, há que tomar em linha de conta a liberdade. No caso, a liberdade individual para determinar a moral da conduta, para afirmar os próprios princípios, ou seja, reconduzindo-nos à consciência, para a protecção da sua própria consciência e da sua responsabilidade, por decisão própria.
Ora,
mas esta visão não colidirá com a protecção e a salvaguarda da comunidade?
Teríamos de ir fundo, muito fundo na discussão.
Em minha opinião a ética individual em casos de condutas morais tem de prevalecer sobre uma hipotética e alegada ética comunitária que me esmague a vontade e me trate como coisa!"

Não nos inflamemos com provocações, que pretendem ser crítica, mas... não, não passam de provocações!

PORQUE EU SOU PELO NÃO,
MAS NÃO VOU VOTAR!

PORQUE POR MAIS PARADOXAL QUE PAREÇA, DEFENDEREI A CONFORMIDADE AO DIREITO, MAS JAMAIS ABDICAREI DA MINHA CONSCIÊNCIA!

PORQUE ESTE REFERENDO É UMA FARSA E UM DESPERDÍCIO DE DINHEIROS PÚBLICOS!

PORQUE NENHUM DEFENSOR DO SIM AINDA FOI CAPAZ DE DIZER QUE NÃO DEFENDE O DIREITO À VIDA!

PORQUE ESTA DEVE SER A POSIÇÃO DE UM "JULGADOR".

sábado, janeiro 06, 2007

À noite


Muitas vezes oiço a janela
e através dela o infinito

Muitas são as tuas confissões
e o derrame de pecados
Entre os originais
Passantes
Pedintes
Purpurinos

A janela aberta ao mundo
E eu profunda interna sedenta de tudo

Oiço a própria alegoria
a vontade de descobrir e buscar

Sair pelas nuvens e pelo nascer do sol


Visto de Janela


Da noite à madrugada...

sexta-feira, janeiro 05, 2007

Mudar de opinião

Este foi o meu 6.º post (na realidade 5.º , porque um deles era um "aditamento" de quem não percebia nada de blogs e, hoje, continua a não perceber rigorosamente nada) datado de Quarta-feira, Setembro 14, 2005.

"O juíz deputado

É absolutamente inacreditável o grau de politização a que está a chegar este pequeno país! ... Vejamos: O Tribunal de Contas, como o nome indica e as palavras são para respeitar quanto à etimologia, é um Tribunal! ... Ou era? Ou afinal nunca foi? ... valha-nos Deus, ao que chegámos. Então agora o Presidente da coisa, que nunca foi Juíz, não é que é deputado e vice-presidente da bancada socialista no parlamento?????...
... Não, não pode ser um Tribunal. Deve ser uma Direcção-Geral de Contas do Ministério das Finanças...
"

Hoje o meu apreço pelo trabalho desenvolvido por este Sr. é grande.
Não foi em politiquices e manteve uma postura profissional de excelência.
Tem de ser este o caminho.
A bem da Nação.

Alguém me explica como se apresenta uma Conta Geral do Estado através de uma Contabilidade Nacional, de Compromisso, do domínio da macroeconomia?... Uma descrição sumária dos principais agentes da economia?...Como se pode aferir a actividade financeira e a situação patrimonial do estado?

Mudei de opinião sim. Só os tolos não mudam. Dizem.

quinta-feira, janeiro 04, 2007

O que fica atrás de nós e o que jaz à nossa frente têm muito pouca importância, comparado com o que há dentro de nós
Autor:
Emerson , Ralph

(Citador)
__________________________________________________
(esta é mesmo a melhor, mas não sei colocá-la antes)
__________________

Ofereço-vos, neste dia, a minhas melhores prendas.
Por favor, sejam felizes, sim?

Terá sido assim, (também) comigo, na segunda metade da década de 60 :)
...
Outro ciclo.
O tempo passa tãããão depressa!

segunda-feira, janeiro 01, 2007

2007 - parir o sol e a vida


Aqui estamos em mais um dia.

O dia primeiro de 365 que se sucederão neste ano de 2007 d.c.
Um dia de um ano que conterá os restantes de mais um ciclo que se iniciou, aberto à roda de aconteceres.

2007 celebrará o ano do centenário do nascimento de Frida Kahlo ( Magdalena Carmen Frida Kahlo Calderón). Nasceu a 6 de Julho de 1907 e morreu 13 de Julho de 1954. No seu último quadro, datado do ano da sua morte, deixou escrito: "Viva la vida"
Mulher de indizível determinação, força, vontade, fidelidade a si própria e à vida. Nunca quis protagonismo. Merece toda a minha mais profunda admiração e respeito.
Quanto à sua pintura, poucos terão a coragem de a classificar num qualquer estilo. Foi a própria que afirmou: "...pensaron que yo era surrealista, pero no lo fui. Nunca pinté mis sueños, sólo pinté mi propia realidad".
É com esta homenagem que quero abrir este novo ciclo, num espaço de palavras desalinhadas.

Esperemos que também para nós, a maturidade esteja aberta aos golpes de asa, ao deleite da inguenuidade e ao sabor acre da verdade e da força.