quarta-feira, novembro 09, 2005
estranha forma de liberdade
Acaricio levemente a folha com o bico da caneta, que desenha quadrados entrelaçados com círculos e outros símbolos dos quais desconheço o nome. No entanto, conheço-os bem. Sempre que espero a chegada das palavras e deixo a caneta rodopiar à sua vontade pela folha, eles surgem, prestam-me a sua visita.
A folha, antes imaculada, vai-se preenchendo com formas estranhas, abstractas. As letras tardam em chegar, perderam o hábito. Os tempos longe da caneta quebraram o ritmo. As palavras acharam graça à liberdade e agora não se deixam prender ao papel.
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3 comentários:
A fértil imaginação tem destas coisas, em que por vezes por falta de disposição, ou mesmo ainda por causa de um mal chamado ausência de inspiração, vamos descobrindo outras formas de expressarmos aquilo que sentimos, e a forma como vemos e escutamos o mundo que nos é exterior. Umas das facetas mais complicada que há na vida é a de comunicarmos e fazermo-nos entender com os outros. Cada qual tem o seu toque, original por sinal, como tu bela, sem nome, mar de água dôce. Muitas felicidades para ti que estás virtualmente por aí, e gostei da tua simpática visita ao [Dominio dos Anjos]
Eu chamar-lhe-ia falta de inspiração :-) Contudo, não é o teu caso. Escreves lindamente.
Como te invejo!
Beijinhos
Bom fim-de-semana
Obr pelas suas palavras no "Faro este".
1bj
Pedro
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