Numa noite sem lua
Num país sem nome
Ou numa terra nua
Por maior que seja o desespero
Nenhuma ausência é mais funda do que a tua.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Eu! Sei lá quem! O que sou e a percepção que os outros têm de mim! Tudo é relacional!
10 comentários:
o desespero de quem espera pelo fim da ausência
A Sophia tem na palavra o dom da magia.
Meu Deus, que bom foi ler estas palavras.
Minha mãe faleceu no dia 28 do mês passado e é a ela que eu dirigo o meu pensamento.
Obrigada.
Feliz aquele que tem alguém que sente a sua ausência.
já não sinto uma coisa assim há muito tempo. É bom ou mau?
pois, ausência...
ausência ... da Sophia
sempre tão bem dito com tão poucas palavras
beijo
Exímia Sofia.
As ausências ditas e por dizer, se sentidas, doem demais. Temos de aprender a conviver com elas quando isso não se pode ultrapssar. Mas quando pode, é muito mais difícil.
Terra:
os meus sentimentos pelaperda tão importante que sofreu!
São os ciclos da vida a cumprirem-se.
Custa-nos muito dizer, entender, mas enquanto não sedescobrir o elixir da vida (e aí eu, pessoalmente, quereria partir antes), a morte, não é anacrónica. À vezes é trágica para quem vai. Sempre ou quase, terrívelmente aniquiladora para quem fica.
Depois habituamo-nos.
Um dia teremos parido todos.
As ausências em vida, são, embora pareçam mais fúteis, mais difíceis de gerir.
Um grande beijo para si.
Era uma vez uma ausência prolongada e muito presente. Não sabia o que fazer. A ausência também não.
EStamos ambos. agora, num hospital psiquiátrico.
Julgo que ela encontrou alguém presente.
Eu, talvez lá chegue também, se sair daqui.
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