quinta-feira, outubro 26, 2006

A controvérsia da concepção e da vida








"Se um óvulo fecundado não é por si só um ser humano, ele não poderia tornar-se um, pois nada é acrescentado a ele."

Jérome Lejeune

27 comentários:

Teresa Durães disse...

ai.... esta frase é tramadinha!!!

na realidade algures no tempo transforma-se num ser humano

- não sei quando!

Quanto à IVG (era o assunto? :)))
A favor. Basta de mulheres a morrer e o post do Contrablog sobre o assunto na minha opinião é o que mostra melhor o assunto.

http://ocontrablog.blogspot.com/

boa noite!

mfc disse...

Quando fores comprar sementes de couves, tenta fazer a sopa com elas, pois nada lhes é acrescentado.


Clara e decididamente pelo SIM.
Um abraço.

saltimbanco disse...

Gosto de frases claras e exactas.

OPORTUNÍSSIMO.

segurademim disse...

... isto dá pano para mangas, mais lá prá frente te direi se sim ou não

bom dia vida controversa :)

Anónimo disse...

Há vidas que mais valia não o fossem ...
FORÇ'AÍ!
js de http://politicatsf.blogs.sapo.pt

o alquimista disse...

Complexo e melindroso este assunto, não me atrevo a dar opinião...

Doce beijo

stela disse...

Controversa questão... prefiro não opinar e deixar-te um beijinho

naoseiquenome usar disse...

mfc:
obrigada pelo comentário, pelas visitas e pela convicção.
No entanto o seu argumento das sementes de couve e da sopa, desculpe-me que lhe diga é demasiado simplista.
Desde logo, porque do que a citação acima fala é de um óvulo fecundadado e não de um óvulo e de um espermatozóide, ou seja das sementes. Por outras palavras, já fala do fruto.
Porque a sua semente de couve só por si não vale nada. Mas se lhe puser adubo e a regar, vai ver que logo após terá um fruto que desabrochará em couve.
Depois a questão será eternamente complexa e mais de moral e ética que outra coisa, já que ao legislador cabe legislar (e se o fizesse não precisavamos deste arremedo de referendo) e a cada um de nós decidir em consciência de acordo com os valores em que acredita.
Quanto ao referendo que aí vem, convoca-nos a responder a uma pergunta igualzinha à de 1998, mas manipulando as palavras. Onde se lê IGV, devia ler-se aborto; onde se lê despenalização devia ler-se liberalização.
E depois há uma outra questão interessante: "em establecimentos legalmente autorizados". Parece-me que devem estar mais estabelecimentos à porta para serem legalmente autorizados do que mulheres para abortar, mas isso é outra conversa.
Claro que os abortos sempre se fizeram e hão-de continuar a fazer-se, por isso é preferível "legalizar" a coisa. Mas não com ewsta manipulação.
Finalmente deixe-me perguntar-lhe:que diferença tem um embrião de 10 semanas, daquele que dez 10 semanas e 1, 2, ou 3 dias? ...

A propósito da afirmação acima, que apus para pura discussão, disse António Pires de Lima:

“O legislador assume, no plano legal, o conceito natural de vida, porque esta não é uma abstracção, muito menos, uma idealização: a vida e a concepção equivalem-se, porque esta é o início daquela.”

Abraços a todos

Francis disse...

A ilustração está apropriada à tua questão na forma emocional.
Sou pela despenabilização do aborto que considero um mal menor (é vago, eu sei, mas não há tempo para mais).
Já é tempo de acabar com aquela hipocrisia dos julgamentos que não decidem nada.
Um beijo GRANDE!!!

Francis disse...

Olá, Musa. Aqui estou outra vez com mais tempo (espero) para te enfernizar a vida.
A questão que colocas ao MFC, tem pano para mangas e, na verdade, não existe uma solucção matemática que dê razão a um ou outro. Embora partilhe do mesmo ideal do MFC, devo reconhecer a tua questão muito pertinente; pois afinal estaremos a matar um feto ou um ser humano?
Mas,e então o esperma?? Se o bebé é um ser humano, se o feto é ser humano, se o embrião é ser humano, porque razão o esperma e o óvulo não o serão?? Voltamos às couves!
(e isto faria de mim, um ciminoso! :-)))
Só tu para me fazeres dar à língua!
Um MAR de...

Anónimo disse...

Oh meu Deus!!!!O teu amor é tao grande e o que os homens andam a fazer.....


Complexo, não??Beijocas

Anónimo disse...

Para reflexão, deixo-lhe aqui um post, proindo de e-mail, publicado em http://www.bloguedonao.blogspot.com


Ocasionalmente publicaremos os textos enviados pelos leitores que consideremos relevantes e úteis para esta discussão.
Aqui fica o 1.º, da autoria do Fernando G. Costa (médico):
Aborto e eugenia

O debate sobre o aborto tem carecido de muitas discussões importantes, entre as quais está um aspecto sociológico (sociobiológico, para ser mais exacto) sobre o qual seria interessante reflectir:
Como se sabe, as novas tecnologias médicas e o estudo cada vez mais aprofundado do genoma humano, permitem já hoje que se possam detectar não só defeitos do feto, como também várias características físicas e fisiológicas do ser em gestação. É mais do que certo que em breve sejam previsíveis dados como a fisionomia, desenvolvimento físico atingível, cor dos olhos, doenças de que irá padecer (não só aquelas que hoje são alegadas para justificar o aborto, mas outras como diabetes, reumatismos, doenças cardíacas, acne, etc.), enfim, um sem número de dados com que os potenciais pais, num futuro muito próximo, se irão confrontar. Tudo indica que mesmo muitas características psicológicas e intelectuais serão passíveis de previsão, desde o Q.I. até à tendência para a criminalidade, toxicodependência, alcoolismo, por exemplo.
No caso do aborto passar a ser encarado apenas como um vulgar acto de livre decisão da mãe, em que outros factores como pressões éticas, morais, ideológicas ou religiosas perderão peso face ao efeito de diluição da responsabilidade que resultará da sua prática legal e sociologicamente apoiada por uma mentalidade hedonista, não se irá criar uma sociedade profundamente eugénica? Não se passará a abortar apenas porque a criança não irá atingir um coeficiente de inteligência que lhe permita vir a ser quadro superior, ou político...ou, suprema distinção, dirigente de futebol? Ou porque irá sofrer de reumatismo (doença de grandes encargos económicos...)? Ou porque irá ser homossexual ou ter acne, ou não ter olhos azuis e cabelos louros? Já hoje em dia, em países como a Índia ou a China em que os rapazes são mais valorizados que as raparigas, são efectuados inúmeros abortos apenas por se detectar que o feto é do sexo feminino. É por isso que o discurso “pró escolha” pode ser perigoso: se para o cidadão comum o feto for algo que nada tem de humano, se o aborto for apenas um direito da mulher a ver-se livre duma excrescência que parasita o seu corpo (“não queremos ser incubadoras”), se for algo que a sociedade aceita como natural e em que não se equaciona estar em jogo uma vida humana, abortar passará a ser, na maioria dos casos, já nem sequer uma situação limite utilizada por motivo de doença, probabilidade de deficiência grave, ou miséria social, mas sim uma espécie de jogo de rifas em que quem não gostar do prémio o deita fora e joga novamente. Até atingir o filho perfeito que a sociedade modelizar. Quem tiver filhos deficientes ou imperfeitos não virá um dia a ser mal visto? Não será eventualmente pressionado(a) para abortar, sob pena de se tornar responsável por trazer ao mundo um ser imperfeito? Caminharemos então uma sociedade em que apenas haverá crianças desejadas e em conformidade com o modelo dominante. Não sei é se alguém lá estará para ver...
Fernando G. Costa
(Médico)

naoseiquenome usar disse...

Caro, ou caro Dr:
Eu não voto.
Há muito que não voto em nada.
De resto esta questão ter-se-ia resolvido por via legislativa, caso houvesse vontade política e coragem.Bastaria uma nova redacção do artigo ou o acrescentar de um n.º no CP.
Este arremedo de referendo é risível. Quantas mais vezes, após (mais) este referendo, se irá referendar, caso 50% da população não vá votar?

Olhe, sabe?
Em circunstância alguma abortaria.
A minha vida hoje é radicalmente diferente (e não necessáriamente para melhor de acordo com os cânones do bem-estar) do que há 10 anos, antes da minha filha.


Mas a realidade é inevitável, pese emboira lamentável. Atingir consciências?! ... È preciso havê-las.

Bem haja.

Anónimo disse...

Boa discussão.
Porém inútil.
Nunca haverá consenso.
Interesses económicos e cobardias político-socias são demasiado poderosas.
resta-nos a consciência.

Anónimo disse...

REsta-nos a consciência?
Individual?
Claro. Inequívocamente. E o dever de transmitir a mensagem? Onde fica o colectivo nesta barafunda?
Fica mal.
Muito mal.
Tanto que nem vai às urnas.
Temrazão. Este referendo não passa de um arrremedo. É pura cobardia. Devolver ao povo a responsabilidade parlamentar é lamentável. E que povo? Quem aborta neste país? Que franja é directamente visada?


P.S. Aborto, não IGV.

Boa noite

Anónimo disse...

Eu sou claramente pelo NÃO!
Quem decide não querer ter filhos tem obrigação de os evitar antes de os gerar.
Sim, NSQNU, falamos de frutos e não de sementes. Falamos de abortos e não de IGV. Trata-se de extrair um feto do útero da mãe e não de diferir a gravidez. Falemos claro, sim!
Falemos também de alimentar os interesses economicistas e as indústrias de coméstica a partir de seres humanos que matamos.
E nós só estamos aqui todos a falar porque não fomos abortados.
E falando ainda mais claro nos países onde existe a legalização os abortos praticados subiram por forma tal que podemos afirmar que são usados como método contraceptivo.
É a desresponsabilização total. è o caos da indiferença pela vida.
Obrigado por este espaço excelente de poesia também abrigar este tipo de discussão.

Anónimo disse...

Exactamente, porquedonão, venho aqui só para dar os parabéns ao (à)autor(a)que abriu uma janela de discussão num belíssimo espaço de poesia, a partir de uma simpçes frase que encerra uma discussão quase metafísica. A discussão. O feto nada tem de metafísico como se comprova científicamente.
Parabéns.
Quis ser neutral. Agradecemos.

Mas um poeta não pode cultivar os valores da morte.

naoseiquenome usar disse...

Meus caros comentadores:
Eu não vou votar!!!!!

Já agora, choquem-se: no nosso plano legal o nascituro não tem qualquer protecção. Só tem protecção o bebé que nace com vida e, isso para efeitos de sucessão, caso suceda a morte da mãe.



Isto não equivale e já o disse que eu não defenda que a vida acontece no momento da concepção. Defendo-o sim.
Vivo de acordo com (também) esse princípio.
Graças a tudo o que quisrem, tenho uma filha linda que "aconteceu".

Contudo, confundir isto com o referendo é quse maldade.
O referendo é uma hipocrisia!!!!
O sim ou não ao mesmo uma manipulação inominada!!!!

Quem quiser, embraque, vá votar!

naoseiquenome usar disse...

perdão: *embarque

Anónimo disse...

O aborto clandestino conmtinua a existir em grande escala nos países onde está legalizado, a par do aumento de abortos legais

Anónimo disse...

O ministério da saúde prepara protocolos com clinicas privadas para a prática de abortos pagos pelo endividado Sistema Nacional de Saúde (SNS) e consequentemente por todos

Anónimo disse...

"O líder socialista e primeiro-ministro, José Sócrates, defendeu hoje o "sim" no referendo sobre a despenalização do aborto para acabar com (...) o aborto clandestino."

Temos um primeiro-ministro muito mal informado...

Anónimo disse...

Quero, também aqui, chamar a atenção, para os direitos dos pais ficarem ou não com as crianças. Essa coisa do direito absoluto da mulher é repugnante. Não há filhos sem pai e mãe. Parece que a mulher tem direito a arrancar um filho do utero como se fosse uma excrescência, sem que o pai sequer tenha dirreito a saber, quanto mais decidir.
Não me venham com conversa da reta, bem sei que muitos pais são irresponsáveis.

Anónimo disse...

Mais um anónimo num espaço que habitualmente os não tem, para dizer que os defensores do sim insistem em encostar à parede os do não, imputando-lhes razões de ordem religiosa.
Sabemos que não é assim.
Este espaço, desculpe-me a autora que me não identifique, é prova disso mesmo.
SIM à vida!
Bardamerda ao referndo, cuja pergunta faaciosa é a cara da hipocrisia de quem nos governa.
Tenho dito.

Anónimo disse...

Minha querida autora do blog e de um coração imaculado, venha de lá mais poesia ou proponho-lhe que faça com que "aconteça" um filho.
Assumiria tudooooooooo.

naoseiquenome usar disse...

Não aprecio o registo AS
Mas sigo a sugestão.
Volto agora mesmo à "poesia"

desculpeqqc disse...

Apesar de ter a sua lógica não é correcto!

Aliás há prova maior de que na vida nada é linear e muito menos perfeito?

A vida é uma constante mudança.