terça-feira, outubro 31, 2006


(fotografia de Filipa Mateus)






Nada nos pertence

Nem as nossas mãos nos pertencem
Ou apenas as nossas mãos nos pertencem


Onde estão as minhas mãos?

11 comentários:

Teresa Durães disse...

penso que só a nossa integridade nos pertence

(eu tenho de ser defensiva de mim e dos outros mas por motivos ali não explicados. Motivos de saúde. Serenidade é algo que não me foi dado. Quanto muito tenho a troco de uns quantos comprimidos... sou bipolar. A vantagem é que experimento o melhor do mundo. E o seu pior. Emoções no seu estado mais activo)


Boa noite!

Teresa Durães disse...

de qualquer modo penso que não faz mal a ninguém perceber que a morte e a vida andam de mãos dadas para entenderem que há momentos e atitudes perfeitamente dispensáveis

naoseiquenome usar disse...

Teresa:
O melhor e o pior da vida e do mundo!
Conheço...
(Os fármacos ajudam no quotidiano, não evitando os picos de euforia ou profunda tristeza, caso existam.
Mas ainda assim conseguem-se momentos de tranquilidade, mesmo que estes não resultem de uma "dádiva da natureza". Desde que resulte o equilíbrio...)
Boa noite para ti, ou bom dia, quando me leres

mfc disse...

Pertencemo-nos por inteiro.

Velutha disse...

A vida é efémera. É finita. Nesse sentido nada pode ser definitivamente nosso.
Beijos

Português desiludido disse...

É bom quando as nossas mãos pertencem a outra(o).
Bjs
Pedro

segurademim disse...

... as minhas hoje estão aqui! amanhã são vendidas a preço baixo, discutível

sempre obedientes

:)

Teresa Durães disse...

já tinha lido o comentário, e por isso coloco sempre em cima "da mesa" as formas do tempo que tantos falam.

os do que se tem e não se tem.

mas só passando por determinadas situações se apercebe de certas realidades. Nem todos somos Newton que levando com a maçã na cabeça temos a percepção da lei da gravidade.

Ou olhar para salpicos de tinta no chão descobrimos uma forma de pintar como Pollock.

(e não há estabilidade com comprimidos, pelo menos no meu caso. Há quem pense - médicos - que bipolaridade nem doença é e somente é uma barbaridade o que se faz aos "doentes")

Porque Julius Cézar era tocado pelos Deuses (epilepsia).

No seu post diz nada nos pertence. Eu posso dizer que a nossa alma pertence-nos. Mas, agora sabendo que tenho uma doença psiquiatrica levar-me-á a sério? (estigmas são sempre os medos)

Meditando apercebe-se disso. Corpo-alma - como define Platão.

Qualquer sufi; budista e tantas outras religiões lhe dirão isso.

E até poderia sentir - consentindo.

Boa noite

naoseiquenome usar disse...

Óh Teresa: se a levo a sério?!
Mas como poderia não levar a sério?
Fala-me de alma. Podemos chamar-lhe outra coisa qualquer, será a nossa eência por exemplo. É por demais óbvio que é nossa, só nossa!
O que digo acima é um eufemismo, ou se quisermos uma "reflexão".
Há outras coisas nossas. O pensamento, a determinação... que sim, podem sofrer as mais variadas influências, normalmente nefastas, mas se não deixarmos tocar o tal núcleo...
E eu vivo (trabalho)no dialética do bem e do mal, da vida e da morte, do tratamento e da cura, da negligência ou dos cuidados exigíveis... por isso, acredite que entendo!

Mais uma vez, boa noite!

vida de vidro disse...

Realmente, quase nada nos pertence. Talvez uma essência e, mesmo essa, é nossa? **

susemad disse...

Gostei do conjunto!