segunda-feira, maio 22, 2006

Encher a noite

No meio de uma mesa-azul agonia,
um vaso translúcido de jarros,
na alma desbotada que perdi.

Ah, poderia encher a noite de metáforas e antíteses!!!
Parece bem, pôr metáforas e antíteses na noite!
... No labirinto do que sinto,
mesmo quando não sinto.


*****
(P.S - Porque é que a autenticidade e a genuinidade assusta as pessoas? Porque há que racionalizar tudo? Porque há-de sofrer o "assustador" e o "assustado"?
Mas, sobretudo: como é que alguém mais que ponderado e racional, ainda consegue ser espontâneo?)

6 comentários:

susemad disse...

Isso agora!!! :)

Um beijinho

Francis disse...

O labirinto é um pequeno (ultrapassável)pormenor de... ansiedade? Precisas algo para encher essa noite, e não são metáforas nem antíteses!
Caçavas-me? Coitado de mim que já nem penas tenho :-)
Um abraço do tamanho do mar!

hala_kazam disse...

as metaforas podem ser perigosas...o amor pode nascer de uma metafora...

*beijos*

as velas ardem ate ao fim disse...

Porque que para fazermos qualquer copisa temos sempte que pensar e repensar!

segurademim disse...

... não assusta, não... porque a criatividade decorre da espontâneidade, da frescura !

as pessoas de que falas, as que se assustam com a autenticidade, serão mesmo humanas, ou máquinas de repetição, condicionadas?

beijo

BR disse...

Porque é que a autenticidade e a genuinidade assusta as pessoas?
Porque ninguém acredita sem ver e tocar, como S. Tomé.

Porque há que racionalizar tudo?
Porque ninguém acredita sem ter uma razão.

Porque há-de sofrer o "assustador" e o "assustado"?
Porque o assustador não acredita que assusta e o assustado nem quer acreditar que se assustou.

Como é que alguém mais que ponderado e racional, ainda consegue ser espontâneo?
Porque afinal, acredita sem saber que o faz.

Mas já agora, porque racionalizaste tanto sobre a autenticidade e espontaneidade???

Um abraço atento,
BR