sábado, fevereiro 03, 2007

A (des)(cons)(tru)(ção) do SIM (II)


"sim, porque sou a favor da vida" dizem eles.

Ontológica, axiológica e biologicamente, não há nenhuma diferenciação que possa estabelecer-se entre o marco das 10 semanas, o restante tempo de gestação até ao nascimento e o resto da vida.
O nascimento, não é mais que uma passagem. Como Loureiro dos Santos lhe chamou, só se quisermos ver a questão sob a óptica de uma "gravidez sob reserva", o que com o estado da arte conhecido, ainda não é possível.

11 comentários:

Anónimo disse...

Você é uma intelectual. Sabe demais, para este povo que não está habituado a pensar. Só com esses palavrões, em vez de irem à procura de saber de que se trata, fogem.
É assim infelizmente.

Anónimo disse...

"Em sentido biológico, o homem não é o ser mais valioso da natureza. Se tomamos como critério a forma biológica, a independência do existir, o homem resulta inferior às plantas e aos outros animais. As plantas ocupam o cume da independência dos seres vivos. A nutrição dos animais depende dos organismos vegetais. E dentro do reino animal o homem é o menos independente de todos. Se o valor vital fosse a única medida de valor, seria preciso reconhecer que o homem seria um animal doente."
http://www.hottopos.com/videtur4/animalo.htm

Teresa Durães disse...

vim desejar boa noite

naoseiquenome usar disse...

Obrigada Teresa. Também lhe desejo uma muito boa-noite, mesmo que o desejo seja formulado a estas horas)
Anónimo 1: faço o que posso.
Anónimom2: apesar da "sua" prevalência do reino vegetal, onde ficam as restantes dimensões, mormente a humana que é o que nos interessa, nesta discussão?

Anónimo disse...

Não prevaleço no reino vegetal. Sou humano, consciente das outras dimensoes. Apenas, sei que a verdade absoluta não existe. Queremos todos que as nossas convicções sejam as que vencem.
Não sou a favor do aborto e muito menos a favor deste referendo, em consciencia não vou votar. Mas tento entender como humano e descer porque não até ao reino vegetal ou qualquer outro Ser vivo, o motivo ou os motivos que levam ao aborto. Tento não apontar o dedo a quem já o fez e tento evitar que aconteça quando me é possivel intervir directamente.

Anónimo disse...

Quer vença o Sim quer vença o Não, o aborto clandestino vai continuar a existir na nossa sociedade.Porquê? Porque a mulher que o faz, não o faz com alegria, por leviandade, mas por desespero e não quer ser julgada pelos outros.
Quando não tem coragem de o fazer, chega ao extemo de se suicidar porque foi fraca, não teve coragem suficiente de cometer um "crime", de enfrentar os pais, o marido, a sociedade em geral e principalmente de SE respeitar.

naoseiquenome usar disse...

Caro anónimo, quanto aos motivos porque as mulheres abortam, detenha-se um pouco nos números que apresentei no post anterior e veja como a sua teoria é enganadora.

Anónimo disse...

Não quero comentar o post apenas pedir opinião duma situação da qual sou observadora directa.
O casal de Cernadelo, que em 2006 viu desaparecido seu bebe recem-nascido está de novo á espera dum outro filho, será este o 7º ou 8º. Como portugal inteiro sabe, a este casal já lhe foram retirados outros dois filhos para familias de acolhimento por serem observadas más condições de habitação,economicas...
Pergunto: Este casal terá de facto consciencia do que faz? É responsabilizado pelos seus actos, quando todos, mas todos, medicos, psicologos,assistentes sociais e as gentes da sua terra tentam em vão ajudar? Sim estou indignada.

naoseiquenome usar disse...

Viva Terra!
Deixe-me dizer-lhe, que, caso se trate do casal do bebé que "desapareceu" de Penafiel, que como diz não tem condições económicas, mas cuja mãe à data dos factos tinha na mão um telemóvel de última geração, é de facto um caso social, que não carece apenas de "ajuda", mas de intervenção directa. O que funciona mal,neste caso, são as instituições.
E acredite, que muita gente sem filhos ficaria eternamente grata por ficar com um dos filhos deste casal.
E acredite que as crianças podem ser felizes.
E acredite que o aborto não é solução para eles, até porque, a srª tem todas as condições objectivas para fazer uma laqueação de trompas por exemplo, o que mesmo assim não sendo infalível, está muito próximo de o ser.
Não, o aborto não é solução.

Anónimo disse...

Boa tarde NSQNU. Obrigada pela atenção.
Não era no aborto que estava a pensar, mas sim na responsabilização deste casal. Estou cansada de ver estes e outros "parasitas" da sociedade, que nada produzem e acabam por usufruir de tudo , sim até desses telemoveis :).
Não vou votar sou contra este referendo. Quanto ao aborto em si para mim é muito dificil ter uma opinião concreta. Vou ouvindo uns e outros e nada mais.

Desculpe se me desviei do assunto em discussão.

Um resto duma boa tarde e uma boa semana. :)

naoseiquenome usar disse...

Terra:
Esse casal estará muito próximo da inimputabilidade.
E pelo meio há muito boa gente que pretensamente quer ajudar, mas que acaba apenas por se aproveitar da pobreza de espírito.
Outros ajudam efectivamente, mas não chega, porque não têm a força das instituições que no caso estão a falhar redondamente.
E pergunto agora, porque na altura do último parto não lhe foi proposta a laqueação de trompas; porque não tem consultas de seguimento de planeamento familiar e de apoio psicológico e... por aí fora.
É um caso de pobreza de espírito, à mistura com algum aproveitamento do sistema, travestido de ingenuidade.
Boa tarde também para si.
E boa semana.