quinta-feira, novembro 09, 2006

Angústia

Dói-me.

Dói-me tanto!

À minha volta sofre-se e eu sofro.

Porquê?

Porque é que o Belo que eu sinto

já não o é?



A indiferença de novo a renascer

Não com força

Mas com fúria talvez



Afogada no espaço externo

da minha muita vontade

de viver junto à vida



Serei eu capaz de não amar?

Serei eu capaz de amar?

15 comentários:

mfc disse...

Claro que somos capazes.
Quem é sensível...só pode amar!

Francis disse...

Só não ama quem não sente.
Portanto... Tu respondeste à tua pergunta.
Um beijo, grande! Commme toujours :-)

Cris disse...

Somos sempre capazes de amar, mesmo qdo tudo parece perdido e o Francis tem razão, só que não sente, não ama... logo tu sentes....

Um beijinho

Cris

Francis disse...

M, desculpa-me. Continuo afastado dos mails e não sei qual é o Blogue do Médico. Podes indicar-mo?
Depreeeessa :-)

naoseiquenome usar disse...

Óh meu querido Francis, por acaso vim aqui:)
Está aqui "linkado" ao lado, depois do teu, olha repara lá, mas agora está tudo, parece, que temporáriamente, um pouco mais calmo.
Vê aquele post de 29/10.
Um beijo para ti.

susemad disse...

"É com o coração que vemos claramente; o que é essencial é invísivel aos nossos olhos."
Saint-Exupéry

Anónimo disse...

Angústias também pode ser coisa linda: o lugar onde nasci em Paredes de Coura chama-se Angústias, e é, certamente, o lugar mais bonito de Portugal. Bom fim-de-semana.

Anónimo disse...

Permita-me que me apresente sob a forma de anonimato.
A Dr.ª é uma espécie de missionária "civil".
Sofre com e pelos outros, tenta aliviar-lhes o sofrimento e ador, sobretudo moral. Não admite falhas. Se tal acontece penitencia-se.
Exigente, perfecionista, empreendedora, inovadora, envolvendo toda a gente nos projectos e objectivos.
Espera retorno.
Com legitimidade.
Compreenda no entanto que nem todos estão à altura do que que pretende com as atitudes meritórios e espartanas (sim, pede, ainda assim pouco) que tem.
Faça um esforço para se desligar do sofrimento alheio que avalia amiúde.
Viva também para si.
Da sua vida privada conhece-se que tem uma filha linda, a melhor. Não porque os nossos filhos são sempre os melhores, mas porque é mesmo a melhor. Tudo o resto é insondável, mas garantidamente não é destrutivo, bem pelo contrário, senão não teríamos a profissional que temos.
Você ama incomensurávelmente.
Você não faz outra coisa.
Não se magoe.
Tente "aligeirar" a vida.
Ninguém merece, nem a humanidade, nem nenhum ser em concreto.
Você não tem natureza para deixar de amar assim. Peça equilíbrio a si própria então. E não se castigue.


C.

Anónimo disse...

A melancolia e a raiva.
A fraqueza e a força.
A indiferença e a vontade.
Quem não as não tem?
Os que não amam...

Anónimo disse...

Percebo-te,

A noite trocou-me os sonhos e as mãos
dispersou-me os amigos
tenho o coração confundido e a rua é estreita
estreita em cada passo
as casas engolem-nos
sumimo-nos
estou num quarto só num quarto só ...

Antónioo Ramos Rosa

Haddock disse...

De volta. E desta vez foi intencional e não apenas pela curiosidade que (a falta de) nome suscitou. Dei um passeio pelo teu blog e gostei, embora nem sempre esteja de acordo com o que defendes; o que é natural quando o tema escolhido é "fracturante"... Quanto à "graça" (a minha), o preço inflaccionou-se inesperadamente! Deve ter sido por eu ter anunciado a morte (provável) do "artista" ou, pelo menos, o seu sono profundo. Especulação desenfreada, é o que é... Mas continuam abertas as negociações. Ainda ninguém arrematou o "ad hoc"! Bom fim de semana!

segurademim disse...

... somos sempre capazes de amar!
a angústia é sempre passageira, dura o momento da incerteza, depois, com clareza, vem a convicção... o equilíbrio estabelece-se o lado positivo ganha

beijo. bom fim-de-semana

Anónimo disse...

CONCERTEZA QUE É CAPAZ DE AMAR, E MUITO. É SÓ QUESTÃO DE QUERER.
UM BEIJO DO TAMANHO DO UNIVERSO

Anónimo disse...

Já disseram algures por aqui que não tem natureza para deixar de amar assim (icomensurávelmente).
A mim o que me espanta é isso.
Neste mundo cheio de violências, sobretudo psicológicas, e aquelas a que se expõe todos os dias, ainda é capaz de não saber como é que não se ama.
Bendita natureza? Não sei.
Sofre mais assim.

Teresa Durães disse...

por vezes sentimo-nos pedra pedra pedra

uma incapacidade de sentir que nos quer oferecer

talvez porque a angústia que se sente (às vezes) nos inibe

ou não alcançam o interior

não sei
estou assim