quinta-feira, dezembro 21, 2006

Desmistificar o amor... amando

O amor não tem História.
Não precisa de História.

Mas tem Teorias.

Trata-se de um fenómeno complexo, abordado por poetas, trovadores, psicanalistas, cientistas, sociólogos, antropológos...
O conceito de amor do mundo Ocidental está eivado das teorias do amor cortês apregoadas pelos Trovadores e encontra-se associado à felicidade, à dor, à verdade ou ao desejo.

Os psicanalistas vêm-no como uma idealização (Freud - "amar como devorar", independente do ódio, e reportam-se a Eros e Narciso), ou como uma sublimação (Lacan - "o sujeito ama para ser amado"), ou como encaixe de neuroses.
A teoria trifactorial agrega os factores intimidade (investimento emocional), paixão (componente motivacional) e compromisso (componente cognitivo).

Por sua vez os cientistas dizem que o amor é biológico;
Os sociólogos falam em afinidades e,
segundo Luhmann, o amor é um meio de comunicação, um código.


E apesar desta desmistificação que se vai fazendo do amor,
da semântica do amor,
eu continuo a defender que o amor é um belo sentimento e que nós temos capacidade de amar.

Não subvertamos ou pervertamos os "índices semióticos" do amor.

Desmistifiquemos o amor, amando.

14 comentários:

Anónimo disse...

Que interessam as definições e os seus definidores. Estudiosos ou historiadores, psicanalistas, sociólogos, cientistas ou trovadores e porque não também eu, todos nós.
"Amor" é o que cada um sente que pode dar e também receber.
Assim todos o dessem e o recebessem.

Anónimo disse...

Pois o amor. Já passei por isso, julgo. Acho que os humanos são tão naturalmente egoistas como altruistas. Seres complicados. Tendo em conta o imenso respeito, consideração, amizade, afecto e sei lá mais o quê que sinto por ti se calhar até é amor.

Anónimo disse...

O amor...
E afinal, o que é o amor?
Que dimensão toma, consoante o objecto amado?
Questão filosófica.
Como diz, ou não diz mas subentende-se, que seja na sua forma mais pura um belo sentimento.

Anónimo disse...

Sinto-me nessa categoria "Desmistifiquemos o amor, amando".
Amo e muito, sem impor condições.
Amo sem pudor, não me importo se está certo ou está errado.
Amo o meu Eu, amo a minha familia, amo os meus amigos racionais e irracionais. Rio e choro com eles e por eles.:)
Apenas temo não reconhecer o meu limite.

Anónimo disse...

Bem,

não consigo comentar como devia.
A menina lembrou-se dos "índices semióticos" e a mim só me vem à memória os "índices semióticos do trespasse" do nosso caríssimo e ido Orlando de Carvalho.

Lembras-te?

rss
fsstt

naoseiquenome usar disse...

Ai António!
Volta como "deve de ser" :)
Que raio!!!
(Isso e o Castanheira Neves com os "valores axiológicos")

:)
:)))

Anónimo disse...

O amor às vezes dói. Sem qualquer perversão ou subversão. Mesmo na alegria dói. Na tristeza dói.

Nunca tinha viosto tanta teoria junta sobre o amor.
Nem sabia que existiam.
Dá para reflectir.
Obrigado.

Anónimo disse...

Parafraseando um post seu para relexão, nos dizeres de um terceiro e da sua dúvida:
"Horrivel o amor, sentimento que propicia a auto-destruição, o ódio, a fraqueza, a perda da dignidade, a submissão, a desilusão, a depressão, a credulidade, o engano, a mistificação, o suicidio, a crueldade, a manipulação, a traição, a mentira e, em geral, quase tudo o que de pior a humanidade gerou.";
dou-lhe agora os parabéns pelo crescimento.
(desculpe o anonimato)

Anónimo disse...

prefiro a compaixão ao amor :)

o amor como o descrito é muito egoísta

um bom solstício!

Francis disse...

Liiindo, rapariga! Adorei a tua conclusão.
Desejo-te tudo de bom, um Natal feliz para ti, para a tua piquena :-) e muitas, muitas coisas doces :-)))

Francis disse...

Pensando bem, faltou um grande abraço e o meu obrigado pela tua amizade.
Tem sido uma linda caminhada :-)

Cris disse...

Amar, mesmo, só amando...

Um beijinho muito grande
Cris

segurademim disse...

... então vamos a isso

para já digo - amo-vos! a ti e à herdeira :)

Anónimo disse...

O.K. Desmistifiquemo-lo então. Só que uma pessoa só não chega, por muito boa vontade que tenha. È pena não haver processos de candidatura.