segunda-feira, janeiro 29, 2007



A aplicabilidade de uma sanção penal pressupõe uma actuação punível, ilícita, culposa e típica.
Isto é apreciado com as leis actuais e à sombra do Direito, de acordo com o enunciado, já que, o pressuposto e limite de qualquer crime, é a CULPA.

Isto aplica-se ao aborto. É crime. Á luz do art.º 140.ºn.º 3 do C.P.
E continuará a sê-lo, pois às 10 semanas e 1 dia, continuará a ser crime, mesmo que o sim vença.
Somos pobres de tudo, inclusivé de espírito, mas teimamos em ser inovadores. :))))))))))))))
Em Espanha, não houve liberalização. Detiveram-se na questão, PENSARAM, e não entenderam que o aborto poderia ocorrer por única e exclusiva vontade da mulher. Porque esta (chamada de mulher, entre nós) acordou com uma simples dor dor de cabeça ainda por cima passageira!!!!!!!!!!!!

As causas políticas são abomináveis!


Onde queremos chegar em termos de humanidade?


O que queremos provar com tal modernismo anacrónico? ... Sim... Vejam-se os movimentos actuais dos países que têm há muito as leis que agora queremos adoptar!!! ... São exactamente em sentido contrário!!

Está mais que provado que os excessos são burlescos, entediantes, mentirosos, falsos, desprezíveis!

Na nossa fetichista maneira de viver, até acharemos que o que foi em tempos, longos, adoptados por países que agora querem abandonar tais políticas, podem ser, agora, a nossa bandeira!

Definitivamente: SOMOS ATRASADOS! ( e mais não qualifico).

Repito:
A aplicabilidade de uma sanção penal pressupõe uma actuação punível, ilícita, culposa e típica.
Isto é apreciado com a lei actual, já que o pressuposto e limite é a CULPA:
E continuará a sê-lo, pois às 10 semanas e 1 dia, continua a ser crime.
O aborto foi, é, e continuará a ser um CRIME!

Quem o praticar, se o sim vencer, no refúgio de que a culpa deixará de ser apreciada, estará a declarar a sua culpa, que então deixará de ser apreciada e, levar-me-à a concluir que, o ABORTO passará a ser um método anti-concepcional!

Tão pobres somos.....................
Tão pobres somos.....................
Tão pobres somos.....................

10 comentários:

Anónimo disse...

Tãããããããããããooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo
pobres somos!

Anónimo disse...

Não há nenhuma dúvida de que querem fazer do aborto um método anti-concepcional. Para os defensores do aborto isso pouco importa. Educação sexual? Para quê? Engravida-se, aborta-se.

Anónimo disse...

Pretende-se que o aborto passe a ser um direito.
Sem mais justificações como não existe em mais lado nenhum civilizado. O desprezo pela vida do ser humano está no auge.

Anónimo disse...

A matéria não é referendável.
Os srs. deputados demitiram-se do seu dever não legislando sobre o assunto,que é para isso que lhes pagamos.
Mas hoje saiu uma sondagem em que estes não tiveram vergonha de expressar o seu voto, concluindo-se na sondagem quew 1/3 deles votaria sim.
É triste.

naoseiquenome usar disse...

Terá querido dizer 2/3 Miguel.
Eles demitiram-se de legislar, porque o que vai a referendo é a liberalização e não a despenalização. Mas como a pergunta é falaciosa, querem devolver ao povo a responsabilidade na decisão.
Este espectáculo não é só triste, é farsante.
A ver vamos, se o sim vencer o que muda no dia 12.
A ver vamos se o número de abortos desce, se os hospitais estão aptos a fazê-los e já agora se se decreta que a vida começa às 10 semanas, ou se se começará então a pensar em decretar que seja às 20 ou às 30.
Mas já nem é o argumento da vida. Está fora de questão. Só não assume quem quer jogar areia nos olhos dos outros.
O aborto é um crime e um crime público, ou seja, de conhecimento oficioso.
Pelo que, o argumento de com o sim se evitar a perseguição das mulheres é, apenas mais uma mentira. Pois caso chegue ao conhecimento do MP a prática de um aborto e, até se concluir ou não que este foi feito dentro das 10 semanas, as mulheres podem ser investigadas e até constituídas arguidas.
Isto é uma farsa.

Teresa Durães disse...

Só nos paises católicos o IVG se coloca em causa. Quem come um ovo galado não está preocupado com o pinto que não nasce e é vida. Sou vegetariana. Imensas coisas que não concordo. Como os feriados religiosos em Portugal. É um país laico. Fala em vida mas é um conceito cristão o seu. Católico. E pelos vistos desesperado pela quantidade de post. Como lhe disse antes não gosto de contendas. Este espaço é seu e diz o que quer, claro. O Homem erra. Mulheres morrem. 2/3 da população trabalhadora portuguesa recebe o ordenado mínimo nacional. Políticos e a Igreja tentam interferir em algo que é da consciência de cada um. Hoje coloquei uma imagem no meu blog.

Fico cansada. Desprezo pela vida humana está em gastar 200 euros em medicamentos numa doença congénita quando deviam ser gratuitos, mais 75 euros no médico mais redução no ordenado por baixa. Se engravidasse sem querer não podia ter o filho porque os medicamentos deformam o feto. E em Portugal ninguém quer saber disso. Apesar da lei actual defender-me, se nem os medicamentos me pagam, quanto mais o resto. Eu ainda tenho dinheiro para isto. Conheço quem não tem e por isso já largou os medicamentos.

Isto é desprezo pela vida humana. Ir à junta médica e sem quererem perceber mandarem as pessoas trabalhar sem poderem.

Ou ver um miudo com hiperactividade e a mãe não tem dinheiro nem meios nem consulta na Estefânia.

Afinal, que raio de país é este que não quer saber dos vivos e andam preocupados com aqueles que nem se sabe se chegarão a nascer?

Fala quem tem condições e os outros estão com medo do inferno.

naoseiquenome usar disse...

Teresa:
falamos de coisas tão diferentes!
Tão diametralmente diferentes, "Santo Deus"!
Não, isto não tem nada a ver com catolicismo. Perfilho e pratico tanto quanto posso os princípios cristãos, mas não sou católica. A minha filha não vai à catequese por opção minha, mas tem Educação Cívica.
São valores cívicos de base os que nos faltam.
A miserabilidade abunda neste nosso país sim. E acha que vai diminuir p0or se liberalizar o aborto?
~Parece-lhe que dia 12, se o sim ganhar a comparticipação dos seus medicamentos ou da criança hiperactiva, ou a consulta, ficarão então assegurados?
Ou... até pelo contrário, terão menos hipóteses de o vir a ser, porque entretanto a puseram a financiar abortos resultantes de falta de planeamento ou devidos a uma mera indisposição momentânea da mulher?

Eu não estou desesperada por rigorosamente nada.
Disse desde o primeiro dia que não iria votar e não vou.
Simplesmente porque isto é uma causa política desonesta.
Mas tal não me inibe de expressar a minha opinião que também foi conhecida desde logo e que é pelo não ao aborto, pelo não à liberalização do aborto.

Teresa Durães disse...

concordo plenamente que é uma causa política desonesta. nem vai alterar nada em relação ao resto. nada tem com ignorância o votar sim.

era o que queria dizer. estendi-me, provavelmente. mas como falaram em valor da vida humana, falei nas vidas que existem. por essas vale a pena lutar.

Francis disse...

Estou inteiramente de acordo com a Teresa.
Falas das 10 semanas e 1 dia, mas bem sabes que qualquer lei tem a zona limite. É por isso que existem os advogados. Aliás será uma das poucas leis que não permitirá interpretações dúbias. Não estou a brincar. Vou fazer como a Teresa, deixar de comer ovos, votar NÃO no referendo, porque sempre é mais agradável ver a vida despontar, os fetos saírem do ventre da mãe, crescerem sem apoios sociais porque estes NÃO EXISTEM!!! sem Educação e nalguns casos servindo de bolas de futebol ou cobaias sexuais dos pais. Sim. assim é muito mais bonito. As mães que continuem a fazer os abortos clandestinos, porque nalguns casos, as clinicas clandestinas têm melhores condições do que o S.N.S. e sem as coisas correrem mal, que se lixe! Afinal são criminosas, não é verdade?
Somos atrasados? Pois somos! Este país só existe no papel!
Como vês, hoje deu-me para aqui.

naoseiquenome usar disse...

ó meu querido Francis, ficaste zangado!
Olha que não é para ficar zangado.
É só para reflectir.
A exclusão social, as dificuldades e a miséria existem, São um "mal".
Mas de nada adianta acrescentar-lhe um "mal" ainda maior.
para além de se não combater o existente, cria-se um outro, deliberadamente e que, no caso, consiste na morte higiénica de embriões até às 10 semanas tempo encontrado sem qualquer critério científico e, sem que se vislumbre qualquer outra medida a não ser a desordem, quando a sua efectivação, eventualmente venha a ser possível.
Quanto à retórica da prisão, ou da possibilidade de prisão, é de novo um embuste.
Tudo isto é um embuste. E ... há quem embarque.
Continuarei a escrever sobre o assunto.
Um beijo para ti.